O Museu Paranaense (Mupa) apresenta curiosidades sobre o acervo arqueológico, antropológico e histórico em vídeos curtos, de aproximadamente dois minutos e meio, na série “MUPA Minuto”, publicada nas redes sociais do museu.
Nesse primeiro recorte do acervo, exibido em 10 vídeos, a equipe do museu selecionou peças singulares para mostrar a história contida em cada item, com riqueza de detalhes e acuidade nas informações. Os vídeos são repletos de imagens que auxiliam na assimilação das informações e trazem muito aprendizado em poucos minutos.
O museu já estava presente nas redes sociais disponibilizando conteúdo sobre seu acervo e mantendo o diálogo com o público, mas não era o principal canal, conforme explica a diretora Gabriela Bettega. “Neste cenário de pandemia, as mídias sociais se tornaram nosso único veículo de ‘encontro’ com o público. Fechados, nos reinventamos online”, disse Bettega.
Segundo ela, toda gama de conteúdo que vem sendo pensado pela equipe do Museu Paranaense ajuda a disponibilizar ao público amplo um conteúdo acessível que acaba suscitando a curiosidade para uma futura visita. “Nos atuais tempos de reclusão e impossibilidade de visitas presenciais, o MUPA Minuto, junto com uma série de conteúdos virtuais que estão sendo disponibilizados pelo Instagram e Facebook, foi uma das formas que encontramos para levar ao público um pouco da riqueza do nosso acervo”.
Apesar das iniciativas virtuais serem essenciais neste momento, a diretora reforça a importância da experiência física de visitar o museu. Ela diz acreditar que o espaço físico do museu continuará tendo um papel central, tanto na experiência que a fruição sensorial é capaz de produzir, como nas possibilidades exploradas pelas diversas ações formativas que o Mupa tem buscado trazer em sua programação habitual. “O espaço virtual deverá sempre funcionar como um complemento ao espaço físico”, afirmou.
TEMAS – Até o momento foram divulgados quatro vídeos. O primeiro fala sobre as esculturas möu feitas pelos xetás, trazidas ao acervo por Vladimir Kozák em 1948, quando esteve com os indígenas. O terceiro vídeo é sobre os “Conflitos armados no Paraná”, com informações sobre a Guerra da Tríplice Aliança, a Revolução Federalista e o Movimento do Contestado, conflitos que fazem parte da formação do Estado.
As cores dão significado aos temas do segundo e quarto vídeos divulgados. A técnica da fotopintura, criada por volta de 1863 como forma de maquiar o realismo bruto das fotografias, é apresentada no segundo vídeo da série.
O acervo do museu contem fotopinturas de Alfredo Andersen em parceria com o Estúdio Volk, assinadas como Ateliê Curitibano. E o quarto vídeo da série fala sobre o filme colorido que revolucionou a história da fotografia, o kodachrome, que surgiu em 1935.
No acervo há mais de 2 mil diapositivos de Vladimir Kozák, fã do kodachrome, com destaque para os registros da Serra do Mar, de 1940, e do ritual funerário da etnia Bororo, feitos entre 1956 e 1957.
FECHADOS - O Museu Paranaense está temporariamente fechado para o público em função da pandemia da Covid-19, atendendo ao decreto estadual nº 4.230, que determina o fechamento dos espaços culturais do Governo do Paraná – museus, bibliotecas e teatros – e suspende os eventos artísticos e culturais.