Eventos: Maringá deixa de arrecadar quase R$ 30 milhões em 2020

10 de Setembro de 2020

Caracterizada por ser uma cidade com foco turístico no mercado corporativo e de eventos, Maringá deixa de arrecadar em 2020 quase R$ 30 milhões em função da pandemia do Covid-19.

Os dados foram estimados pelo Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, a partir do levantamento que considerou a não realização de grandes eventos como Calouro Folia, PARAJAPs, Parada LGBT, Interclubes Paranaense de Classes, X Encontro Técnico Avícola, Encontro Nacional de Museus, Festival Nipo-brasileiro e Vestibulares e PAS (Processo de Avaliação Seriada) da UEM (Universidade Estadual de Maringá). Sem mensurar o impacto econômico de eventos de pequeno porte como casamentos, formaturas, aniversários, entre outros.

Esse número também foi levantado sem considerar o impacto econômico da Expoingá, maior evento realizado na cidade, cuja estimativa da Sociedade Rural de Maringá aponta para uma movimentação de R$ 600 milhões em negócios nas últimas edições.

Somente os eventos da UEM representam mais de 80% do impacto estimado em R$ 30 milhões, considerando dados que o Observatório de Turismo e Eventos de Maringá apurou em 2017 sobre os vestibulares e eventos de extensão da instituição. Ao todo, a época, eram 7 dias de concursos. Atualmente seriam 5 dias, dois em cada vestibular e um para o PAS. Tradicionalmente, os vestibulares da UEM lotam a rede hoteleira de Maringá.

Mais de 150 eventos foram adiados desde o início da pandemia na cidade, conforme levantamento do Convention Bureau. Nessa estimativa, integram eventos de pequeno porte, médio e grande porte.

Base de cálculo

A estimativa para o impacto econômico se baseia na quantidade de público do evento, média de público de fora da cidade, quantidade de dias de evento e gasto médio diário por pessoa.

Trade turístico

Cada evento realizado movimenta uma cadeia de empresas ligadas ao setor direta ou indiretamente. Desde organizadores, espaços e infraestrutura para eventos, até hotelaria, gastronomia, comércio, transporte e serviços em geral, como salões de beleza, por exemplo.

Em Maringá, o setor de eventos está paralisado desde o início da pandemia, há quase 6 meses. Causando um efeito dominó nos demais setores ligados, como hotelaria, que mantinha taxa de ocupação média entre 60% e 80% antes da pandemia, e agora vem registrando taxa média de 20% de ocupação.

Retomada

O setor de eventos em Maringá continua lutando para melhorar o decreto publicado pela prefeitura no início de agosto, liberando encontros com até 30 pessoas. O setor aguarda novo decreto com maior flexibilização.

“Lamentamos o adiamento dos eventos em Maringá. Sabemos que a economia local vai sentir o impacto negativo da não realização desses eventos por bastante tempo. Continuamos lutando para a retomada gradativa e segura em Maringá, com foco em eventos de pequeno porte neste primeiro momento”, disse o membro do Conselho Superior do Convention, Sérgio Takao Sato.

Foto: PMM

Maringá CVB
516 Visualizações
Notícias Voltar

Você também pode gostar

Projeto Conversa entre tambores é finalizado com vídeo documental
O projeto “Conversa entre tambores - Encontros Ancestrais”, viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti, foi finalizado com a publicação de um vídeo documental sobre as ações promovidas desde fevereiro em Maringá. Com coordenação de Rosangela Kimura, gestora do Mem...
Espetáculo de teatro para as infâncias estreia em Maringá
No dia 13 de junho, às 15h no Teatro Reviver Magó,  estreia em Maringá o espetáculo para as infâncias “Onde encontro um lugar”, dirigido por Fernando Ponce, com Bárbara Bittencourt e Leonardo Fabiano em cena. Livremente inspirado no livro “O Menino, a Toupe...
Documentário sobre o hip-hop em Sarandi está disponível no YouTube
O documentário “No ritmo das ruas - O Hip-Hop em Sarandi” já está disponível no YouTube, com legendas e audiodescrição. Viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo e dirigido por Ana Rodes (Brisadiana), o filme teve dois lançamentos presenciais, nos dias 27 de abril...