“A Saga do Caboclo Violeiro” é lançado na ACIM

29 de Setembro de 2020

O livro, escrito pelos jornalistas Dirceu Herrero e Donizete Oliveira, é uma reportagem biográfica sobre Américo Dias Ferraz, segundo prefeito de Maringá

 

A história de Américo Dias Ferraz, prefeito de Maringá entre 1956 e 1960, é contada em formato de reportagem biográfica no livro “A Saga do Caboclo Violeiro” escrito pelos jornalistas Dirceu Herrero e Donizete Oliveira. A obra, lançada no último dia 26 na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), contou com o fomento do Instituto Cultural Ingá (ICI). De acordo com Herrero, a ideia de escrever o livro surgiu por volta do ano 2000. “Na época participei de um projeto chamado ‘ACIM Faz História’, quando foram entrevistados os ex-presidentes da entidade, fundada em 1953. Os mais antigos citavam Américo Dias Ferraz como uma personalidade marcante e polêmica. A partir daí fui guardando tudo sobre ele que caía nas minhas mãos”, explica.

Dirceu Herrero, especializado em biografias de pessoas e empresas, já é autor de outras 16 obras e atualmente está concluindo a biografia do ex-deputado estadual João Preis. O jornalista Donizete Oliveira, que também é historiador e filósofo, marca o início da sua carreira como escritor com o lançamento do livro “A Saga do Caboclo Violeiro”.

Em 2017, com consultoria de Edson Pereira, o projeto foi incluído na antiga Lei Rouanet. “Na época, eu estava escrevendo vários livros ao mesmo tempo – alguns em parceria com outros autores. Fui apresentado ao Donizete Oliveira e, como já conhecia os textos dele, o convidei para ser parceiro, o que se mostrou um grande acerto”, conta Herrero. Foram cerca de três anos até a conclusão do livro, impresso em dezembro de 2019 e que deveria ter sido lançado em março deste ano. Mas, diante da pandemia, o lançamento precisou ser adiado e aconteceu no último dia 26.

Segundo os autores, o livro foi construído a partir de depoimentos e registros documentais. “A história, em geral, é escrita pelos vencedores. Infelizmente, Américo faleceu, em 1982, com o nome manchado, por várias razões. Acreditamos que o livro possa resgatar sua imagem”, afirma Dirceu Herrero.

O jornalista lembra que, enquanto prefeito, Américo Dias Ferraz foi combatido pela elite maringaense por ser analfabeto e por não baixar a cabeça diante de ameaças e de interesses. “Sofreu com perseguição da Câmara Municipal e da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Faliu e não teve quem defendesse sua imagem. Recebeu uma única homenagem, após sua morte, do prefeito Said Ferreira, dando nome à rodoviária local, que em tempos recentes foi demolida e a nova recebeu outro nome. Ou seja, Américo foi novamente esquecido. Esperamos que Maringá possa reconhecer o legado de Américo e homenageá-lo como ele merece”, coloca.


Lei Federal de incentivo à cultura

Fomento à Cultura: Instituto Cultural Ingá (ICI)

Patrocínio:  Nipponflex e Coopercard

Secretaria Especial da Cultura / Ministério da Cidadania – Governo Federal


ASCOM ICI
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