Empresas que investem na cultura são reconhecidas pelo ICI
Mais uma vez o Instituto Cultural Ingá (ICI) reconheceu as empresas que investem na cultura local É o sexto ano que a entidade presta homenagem a empresas que fizeram renúncia fiscal no ano anterior em prol da área. Desta vez foram reconhecidas 19 empresas com o selo “Amiga da Cultura”: Alltech, Chanson Veículos, Construtora Sanches Tripoloni, Copel, Descarbonize, Eletroluz, FA Colchões, Fertipar, Master Print, Lowçucar, Mc Donalds, Plantcenter, Ricci Veículos, Sancor Seguros, Sicoob, Total Mix, Unimed, Usina Santa Terezinha e Virginia Distribuidora.
A cerimônia aconteceu na última terça-feira (dia 13) na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), onde também fica a sede do ICI. O presidente do instituto, Cezar Couto, reforça a importância da cultura para o desenvolvimento da sociedade. “Com a renúncia fiscal, parte dos impostos fica na cidade e retorna para a própria comunidade, por meio de projetos como o Som da Banda, que oferece formação musical para crianças e adolescentes, e espetáculos como Paixão de Cristo”.
Apenas em 2024 as empresas maringaenses destinaram R$ 1,7 milhão para projetos apoiados pelo ICI e realizados por produtores e artistas locais. No total, as iniciativas impactaram mais de 70 mil pessoas. Mas o potencial de renúncia é muito maior, conforme reforçou o delegado da Receita Federal em Maringá, Marcos de Souza. “A Receita tem se empenhado para que empresários e cidadãos cumpram sua responsabilidade fiscal e social. A renúncia fiscal pode chegar a 12% do Imposto de Renda devido pelas empresas, sendo 4% pode ser destinado à cultura. Maringá ainda tem muito potencial de destinação”.
Já o prefeito Silvio Barros lembrou da importância do ICI “para potencializar ações culturais e artísticas da cidade. Sou um grande defensor da renúncia fiscal”. O presidente da Acim, José Carlos Barbieri, destacou a importância do reconhecimento às empresas que acreditam nas iniciativas fomentadas pelo ICI e pela Associação Comercial. “Abraçamos a causa desde o início em prol da economia criativa da cidade”.
Podem fazer a destinação as empresas que optam pelo lucro real, como a Usina Santa Terezinha. “A ideia sempre foi proporcionar à sociedade o acesso à arte e à cultura, utilizando uma parcela dos impostos que, em condições normais, se perderia na máquina do governo e não retornaria de forma integral ao município. Além disso, buscamos fomentar uma classe que tradicionalmente encontra dificuldades para acessar financiamento. Esse tipo de iniciativa nos insere na sociedade e não apenas somos um mero agente econômico. Nossos colaboradores, inclusive, se sentem parte, já que é por meio do trabalho deles que conseguimos realizar esse tipo de investimento”, destaca o gerente administrativo e fiscal, Roberto Cidade;
Durante o evento de homenagem foi assinada uma carta de intenções pelo ICI, Acim, prefeitura e Receita Federal para fomentar estratégias para potencializar as artes e a cultura locais.