Maringá tem dois projetos contemplados na categoria de longa-metragem no edital estadual da Lei Paulo Gustavo

09 de Maio de 2024

Por Eliton Oliveira

Maringá teve dois projetos contemplados na categoria de longa-metragem no edital estadual da Lei Paulo Gustavo: “Irmãs de Sangue” ficou em terceiro lugar, e “Não Volte Para Casa” em quarto lugar. A categoria de longa-metragem vai premiar cada um dos projetos contemplados com 2,5 milhões de reais.

Irmãs de Sangue será produzido pela Desatino Filmes e com roteiro e direção da cineasta baiana Julia Ferreira. O filme é baseado na história real das irmãs Papin (considerado o crime mais famoso da psicanálise e que vem sendo pesquisado pela roteirista nos últimos 7 anos) e combina drama e terror psicológico. A história cruza a linha entre a sanidade e a loucura e traz para a narrativa ambientes familiares e religiosos doentios e hostis, misóginos e racistas. É um filme sobre a questão da mulher pobre, emocionalmente vulnerável e o poder quase absoluto que a sociedade patriarcal exerce sobre ela. O filme ainda não tem elenco nem locações definidas. As filmagens deverão ocorrer somente em 2025. A roteirista e diretora Julia Ferreira estudou cinema na University of the Arts London (Inglaterra) e na Universidad San Pablo (Espanha). Escreveu e dirigiu a série Sonhadores, disponível na Amazon Prime Video. Também recebeu diversos prêmios por documentários e curtas-metragens que dirigiu.

Não Volte Para Casa é uma coprodução da Cosmos Filmes e Desatino Filmes, foi escrito pelo roteirista carioca – e de origem chilena – Marcio Freitas, e narra a história de três irmãs que, após a morte da mãe, se veem sob a angústia do retorno do pai opressivo e abusador. Em breve os produtores iniciarão a escolha do elenco. As filmagens estão previstas para acontecer na zona rural de Maringá ainda em 2024.

Segundo o edital, ambos os projetos terão 2 anos para serem realizados e seguirão as janelas tradicionais de exibição: salas de cinema, streaming, televisão e outras mídias.

É a primeira vez que produtoras de Maringá recebem um valor tão alto para realizar obras audiovisuais e isso só foi possível via editais da Lei Paulo Gustavo. Ao todo estão destinados quase 50 milhões para diversas categorias, que incluem ainda: séries, longas documentais, curtas-metragens, desenvolvimento de roteiro, entre outras.

Ambas as produções deverão nortear a produção audiovisual na cidade, dado o nível de profissionalismo que ambos os projetos existem, tanto na parte técnica como na parte artística. A expectativa é que os filmes percorram importantes festivais de cinema nacionais e internacionais antes de serem lançados comercialmente. Com a produção de Irmãs de Sangue e Não Volte Para Casa, Maringá deverá se destacar, ao lado de Londrina, como um grande polo de produção audiovisual do interior do Paraná.

Beatriz
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